13 de set. de 2009

Open bar






Então fui eu e Marcelo para a festa. Um tipo de open bar chique que acontece e eu sempre faço questão de ir porque observar as pessoas com taça de champanhe esquema "refil" é bom para caraleo. Eu faço o seguinte: Não gosto de circular e, portanto, procuro sempre achar um bom lugar onde se possa fumar cigarros em paz e onde não falte garçom para encher a minha taça. Para mim esses são os ingredientes de uma festa de sucesso. Dançar? Paquerar? Esqueça isso, sente-se no lugar estratégico e as pessoas virão. Para o bem ou para mal. Então lá estávamos nós curtindo um croquete de pato, na varanda, quando chega o primeiro da noite.

Um gay dono editora de livros infantis escritos por eles. O cara era doido e ficava perguntando ao garçom que também era modelo a que horas iam servir o "risole"de camarão. Ele disse que eu tinha a lingua presa e que ele reconhecia uma língua presa de longe. Ok, cara. O amigo dele não sei como se chamava, mas depois que contou a história do gorro feito pela avó de mandou. O nome do amigo do editor gay era Gaby.

Enquanto o editor gay falava de naturismo - eu imaginando qual era o barato de ficar peladão - hum homem se aproximou e recomendou uma praia de nudismo em João Pessoa. O homem era cirurgião plástico. DE QUÊ? Lábios leporinos, inclusive. Eu achando tudo muito interessante. Os lábios leporinos, o naturismo, quanta coisa que essa gente faz...Depois chegou uma garota chamada Priscila, coitada que cara triste! Trabalhava no núcleo de novelas da Globo. É deve ser triste mesmo, imagine todo o dia dando de cara com a Taís Araújo e aquele lero-lero de "eu sou a primeira negra a estrelar uma novela das 8". Não é preconceito, é apenas o fato de que isso não é relevante se a garota é uma boa atriz. Mas vamos combinar de que qualquer um faz novela da Globo. E Priscila disse que homens são raros. TEM UM MONTE POR AÍ, eu disse. Mas ela tava triste mesmo, tanto é que andava corcunda. Às vezes eu também ando corcunda, mas não é porque não tenho um homem. A amiga de Priscila era poeta. Uau. Poeta de dois livros de poesias "picantes"como ela mesma definiu. POR QUE VOCÊ NÃO AJUDA PRISCILA? Ela disse que Priscila se fazia de rogada, mas que era uma mulher muito sensual. Ok.

O escritor da Califórnia, eu nem lembro o nome. Ele era uma farsa. Não conhecia John Fante, Jim Dodge e nunca tinha lido Bukowiski. Mas era bonitão e as garotas estavam lá. Troquei duas palavras com ele, que foi muito simpático, mas eu terminei por dizer: YOU KNOW NOTHING DUDE.

O troféu "mala" da noite poderia ficar com o índio-macuxi-bissexual-meio-francês. Muito moderno e até bem bonito, o índio - que tinha um leve sotaque francês, ele dizia "Rrrroraima" - ,veio com aquele papo de que definir a sexualidade é coisa do passado e que somos seres do mundo. EPA. DE QUE MUNDO? Do Brrraasil, da Frrrança. E me beijou, o cara. Morri de vergonha os garçons vendo a cena do índio me beijanto. PARA COM ISSO CARA. Ele foi embora, depois disso não lembro de mais nada. A falta de comida e duas dezenas de taças de champanhe fizeram um bom trabalho. Eu vim o trajeto inteiro em coma, pode-se dizer. Mas me comportei bem, fiquei só no meu canto, as pessoas vieram conforme eu disse... Para o bem ou para o mal.

3 comentários:

Renata Victal disse...

Adorei esta festa. Na próxima, me chama. bjs

Roberto Ilia disse...

Que barra hein baby?

Seiji disse...

Open bar é pra mim, he he.. Tá, sou manguaça sim, e fico chato e dou trabalho.