26 de set. de 2009

Acre

Na quinta-feira alguém na redação perguntou se eu queria vir pro Acre cobrir um festival de rock alternativo que aconteceria no meio da floresta.

"Claro"

Antes topei com uma índia - depois lembro a tribo dela - no avião. Ela que deu toque de que no voo serviam cerveja. Era só apertar um botão acima da poltrona.

"A aeromoça é chata, mas quem liga?"

Gostei mesmo da índia. Fico devendo o nome da tribo dela, mas ela me deu um cartão com todos os contatos, disse que ia me levar pra comer um peixe e tomar umas cervejas na beira do rio. Depoi de dois minutos ela repetia o meu nome pra tudo

"E você é do rio Camilla? Você vai gostar do Acre, Camilla."

Eu acho sensacional quem rapidamente decora meu nome. Acho um puta sinal de atenção.

Bem, o fato é que os acreanos são ótimos. Mas como há gente de todos os cantos aqui dá pra dizer que os paulistas estão se comportando muito mal. Assim que chegamos uma produtora de São Paulo que dividiria o quarto comigo começou a causar. Ela não sabia que eu era jornalista e estava lá para fazer uma cobertura.

"Não divido o quarto com gente estranha."

Eu é que não quero dividir o quarto com você, sua louca. Foda-se você e essas suas tatuagens de margarida. Me colocaram num quarto triplo e sozinha. Fiz a branca de neve e juntei todas as camas. Quando encontrei ela num restaurante ela veio falar comigo, puxar papo. Ignorei total.

O Acre é quente. Estou sob ar-condicionado e o primeiro dia do festival foi ótimo. No meio da floresta, na beira do rio. É alucinante, mas tem muito trabalho a fazer, uma matéria de 50 cm para escrever.

Um bicho me picou feio. Tá um calombo e agora eu vou no posto de saúde. Fiquei imaginando eu voltando pro Rio com malária.

"Bom dia, Malária!"

Vou ao posto, depois talvez dê umas voltas e vá escrever.

Um comentário:

Carola Medina disse...

porra mina, que legal! aproveita. e depois conta desse jeito bom q vc tem de contar