26 de set. de 2009

Acre - 2

Hoje eu e mais duas jornalistas de São Paulo pensamos que íamos morrer. Nós saímos andando por Rio Branco. Quando vimos estava próximo de 14h e a gente tava desidratada. Tomamos uma cerveja, aí sim, quase morri. O calor era tanto que cerveja ia me matando;

"Camilla, vamos tentar achar aquele restaurante que podemos comer."

As ruas são áridas. Nos encostamos em um muro e ninguém falou, ninguém conseguia falar.

"Escutem, eu não conseguirei chegar com vida até a esquina. Não mesmo. "

Mas a gente conseguiu. Tudo aqui tem banana. Carne com banana, pato com banana, farinha de banana, banana, banana, e castanha; As pessoas são da melhor qualidade, elas dão coisas, carona e principalmente; prometem te levar ao hospital no caso de você se dar mal.

A imprensa local é a melhor coisa. Lea Lima diz que é o mais sucesso da região norte. Ela tem um programa de variedades no SBT, onde "vende tudo o que você possa imaginar". Ela disse que "Madalena" que cuida do cabelo e da beleza dela queria me conhecer. Madalena parecia um gnomo. E tenha "Alexy" o colunista social. Ele tirou foto da minha unha, bolsa e do meu tênis. Pra mostrar "o teu look". Assim que der eu mostro as fotos deles. Dou atenção, sou legal. Ser do Rio parece atrair eles. Que loucura.

Os shows são no meio da floresta, na beira do rio. Algumas bandas são simplesmente horríveis. Umas garotas de São Paulo eu tive vontade de matar. Elas se vestiam que nem as meninas superpoderosa. Muito assustador. Uma banda do Peru ficou detida por porte de substâncias ilícitas. Morri de rir.

No Mercado Velho enfiam rapé no teu nariz. Perguntaram pra mim se eu queria forte ou fraco. Forte. Ia morrer, mas voltei.

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