
Tenho me esforçado para não estragar os prazeres alheios, para por exemplo, incentivar pessoas a gostarem de apresentaçòes de "performance" quando na verdade, eu mesma tenho vontade de vomitar. A questão é: mas que merda passa na cabeça dos outros para cometer tantos desatinos? Digo, o que as pessoas enxergam como sendo legal, só por que acreditam em uma sinergia que simplesmente não existe? Entro e saio de eventos, evitando ao máximo falar com as pessoas, no entanto converso com desconhecidos, que me servem ao longo do caminho, vendedores, garçons e porteiros em geral. Eles observam melhor, eles não querem posar de nada, eles sim sentem a verdadeira sinergia. A simples energia contínua, arrebatadora e universal de batalhar por existir, e vice - versa.
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Não é que eu esteja sempre na defensiva, como uma vez disse uma amiga. Eu estou é batendo em retirada. Porque moro no Rio de Janeiro, e aqui os escritores lançam suas publicações de manhã, com um breakfast servido, performances - claro, a cereja do sundae - e bandinhas de rock modernete. Tudo muito desgradável, ainda mais sem álcool. Eu acredito que todo o tipo de lançamentos literários, saraus, exposições e comemorações afins, são meio marginais, libertárias - inclua na festa: pessoas transando no banheiro, assumindo sua sexualidade, bebendo etc. Tudo muito chique, tudo muito Dandy. No entanto tinha até criança assistindo a "performance". A tal da performance, que hoje em dia pode ser qualquer coisa que um cidadão decida fazer diante de um microfone ou sob um palco. Seguindo este pensamento modernete, os pastores evangélicos também fazem performance. No caso do lançamento chato, era uma francesa lendo em francês, uma coisa qualquer, já que eu não entendo francês. É ter uma cabecinha muito pernóstica, achar que todos entendem francês, e eu não estou falando de entender francês de madrugada, sob aquela comunicação sem ruídos que o elevado consumo alcólico traz. Estou falando de um lançamento às dez da manhã, cheio de literatos comportados, ninguém fumava, crianças correndo e nada de álcool.
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A minha querida amiga Priscila. Eu a amo, ela sabe disso. Mas porque a Priscila tem de me fazer ficar junto dela na fila de ingressos para o espetáculo da Déborah Colker? Porque além de gastar 30 reais, a Priscila também encarou duas horas de fila para ver a Cia. da Debora Colker? Eu não tenho nada contra o tal espetáculo, mas pra mim, ver pela TV e ao vivo dá no mesmo. O que é muito diferente de assistir a uma peça, óbvio. Mas isso não é nada comparado ao que eu fiz; Depois me arrependi, mas falei bem alto para todos os enfileirados ouvirem,
A minha querida amiga Priscila. Eu a amo, ela sabe disso. Mas porque a Priscila tem de me fazer ficar junto dela na fila de ingressos para o espetáculo da Déborah Colker? Porque além de gastar 30 reais, a Priscila também encarou duas horas de fila para ver a Cia. da Debora Colker? Eu não tenho nada contra o tal espetáculo, mas pra mim, ver pela TV e ao vivo dá no mesmo. O que é muito diferente de assistir a uma peça, óbvio. Mas isso não é nada comparado ao que eu fiz; Depois me arrependi, mas falei bem alto para todos os enfileirados ouvirem,
"Ô Priscila mas que coisa, hein? Você além de desembolsar 30 reais, está nesta fila numa tarde de sábado, só pra ver a Cia. da Débora Colker? Eu não pago um real."
Péssimo. Reconheço que foi mesmo. Eu falei tudo com o único objetivo de sacanear os enfileirados. Sei lá, esse tipo de espetáculo eu geralmente - quando rola - ganho de algum amigo jornalista, jamais entraria numa fila daquelas em plena tarde de sábado. Jamais. As pessoas deveriam evitar este tipo de coisa.
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Está sendo produzida uma festa chamada Hey Ladies, acho que é a segunda edição. Trata -se de uma festa só para meninas que são - até aí tudo bem - ou estão lésbicas (ai meu Deus). Uma festa cujo objetivo é reunir muitas meninas que querem meninas. Agora: você mulher guerreira, você leoa da savannah, você sua quenga, você pegadora de lingerie vermelha, safada, danada...você uma mulher saída das melhores histórias do Aguinaldo Silva... Imagine uma festa só com damas?
Mulheres se beijando, mulheres bêbadas, mulheres no bar, mulheres, mulheres, mulheres...
Cruz credo... Eu só compareceria se fosse pra fazer um estudo antropológico. Ou acabava a noite nos braços do segurança.
Está sendo produzida uma festa chamada Hey Ladies, acho que é a segunda edição. Trata -se de uma festa só para meninas que são - até aí tudo bem - ou estão lésbicas (ai meu Deus). Uma festa cujo objetivo é reunir muitas meninas que querem meninas. Agora: você mulher guerreira, você leoa da savannah, você sua quenga, você pegadora de lingerie vermelha, safada, danada...você uma mulher saída das melhores histórias do Aguinaldo Silva... Imagine uma festa só com damas?
Mulheres se beijando, mulheres bêbadas, mulheres no bar, mulheres, mulheres, mulheres...
Cruz credo... Eu só compareceria se fosse pra fazer um estudo antropológico. Ou acabava a noite nos braços do segurança.
2 comentários:
Camilla, desculpe ter te forçado a ir... O que vale é o companheirismo!
putzzzzzzzzzzzzzz tbm acho...
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