Ah, às vezes um suspiro pode sustentar a plataforma - deu pra entender?. O Breece Pancake por exemplo, só escreveu um livro que os amigos dizem ser genial. Ainda essa semana eu vou pegar para ler. O Pancake se matou, bem jovem, 33 anos ...por aí. Não acho que o suicida seja um desequilibrado. Por outro lado, uma pessoa que se mata esconde segredos que para ela, são inconfessáveis. A minha antiga senhoria - a quem por sinal eu dedico uma parte importante do meu livro -, se jogou do décimo andar e não morreu. Daí uns três anos depois, ela o fez de novo. E conseguiu. Não houve nenhum suspiro que fosse capaz de sustentar merda nenhuma ou mesmo como diria a auto - ajuda uma profunda respiração capaz de lavar a alma. O momento é agora. Foda -se. A alma lavada. E, olha só isso, enquanto eu estava aqui neste sofá escrevendo sobre o meu papel reciclado - tenho pânico do futuro, do petróleo, da água, de pessoas vegetarianas, dos hare - krishnas, dos carboidratos, dos chineses, da Igreja Universal e sobretudo a mania que tenho de visualizar o futuro como a triologia "Mad Max". Enfim... eu falava sobre os suspiros e...ah sim, paro de escrever para atender o celular. "Alô é a Sarah." Hum... "Sarah?" ..."É, da faculdade, amiga da Hannah." ... "Ah sim, oi Sarah..." Estranhei, ela possuía o meu telefone...depois lembrei que havia dado por ocasião de termos combinado qualquer coisa. Sarah e Hannah são judias, freqüentam a mesma sinagoga conservadora e tudo o mais. "Mais fala aí Sarah, que tal aquele namorado seu lá do Nordeste?" Era exatamente sobre isso que ela queria falar: não era namorado era sim uma namorada, a mãe descobriu e blábláblá. "Te liguei porque você é uma garota inteligente (????) me dá uma ajuda." Puta merda, são apenas 11h da manhã. Suspire Sarah, suspire...
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