Nos esportes eu sou fã do Todo Duro!

Nunca fui muito íntima de esportes, apesar de nem ser o caso da preguiça em mim. A verdade é a seguinte: gosto de esportes que tenham surgido de alguma necessidade. Gosto de boxe, de esgrima, de tiro, natação, enfim, atividades esportivas que tenham surgidos de atividades cotidianas. No entando, também me apetecem esportes com contato físico de confronto: basquete e depois de ontem, o handebol. Me arrependo amargamente de não ter praticado handebol, é muita pancadaria e eu preciso disso, sou uma pessoa violenta. Sim, eu sempre que posso xingo e se der bato em alguém, quando não, em qualquer objeto. Fazer o quê?
Infelicidade da minha mãe, essa sim é frustrada. Foi bailarida a vida inteira e colocou o "vidigal" - essa era o meu apelido aos quatro anos de idade, minha vó paterna que é racista, me presenteou com o nome de uma comunidade daqui do Rio. Para ela, todas as comunidades são violentas. Para vovó, morro é morro e preto é bandido. E racista é a velha, tá? - em uma conceituada academia de balé de uma russa, esqueci o nome. De qualquer forma eu achei um saco. Borboletinha era um saco, plié um saco, e ainda tinha a gordinha que já fazia um monte de piruetas e me deu uns empurrões, puta gordinha chata. Tudo bem, me esforcei, não gostava, mas como nessa época eu ainda via minha mãe como imagem e semelhança, fazia um esforço. Acabou assim: empurrei a gordinha e ela puxou meu cabelo, eu empurrei de novo e ela foi bater e um dos espelhos da sala de dança, que quebrou, mas por sorte minha, não a machucou. Foi uma merda e eu passei uma semana pedindo perdão a Deus. Nunca mais voltei a escola Russa de Balé em Ipanema, ainda bem porque eu era o Vidigal.
Dos esportes babacas eu cito o vôlei. O vôlei é babaca porque não há confronto entre os jogadores e depois é o maior produtor de atletas para comerciais de TV enjoadinhos. Tem o tal do AB TONER, com a tal da Ana Paula, os do Banco do Brasil, o Giovanni na Revista Capricho, a eterna homossexualidade inrustida da Jaqueline, o Tande é chatéeeriiimo e o Bernardinho já me torrava a paciência nos idos dos oitenta com aquele tal "saque nas estrelas", ah que preguiça desse pessoal... eu gosto mesmo é do Todo Duro! Para quem não sabe o Todo - duro é o maior boxeador de Pernambuco e também o responsável por um bordão que provavelmente poder vir a ser o meu way of life;

"Vou estraçalhar!"

O melhor evento esportivo que eu tive a honra de comparecer foi Todo Duro X Reginaldo Holyfield da Bahia, em Recife, no ano de 1998. O resto é lição de vida minha gente.