6 de set. de 2008

Para aqueles cujo meu bom dia não faz falta

Desperto sentimentos rápidos nas pessoas. Rapidamente me odeiam ou me amam… Sempre foi assim, lembro que eu era uma criança que não dava “oi”. Já chegava falando, ou simplesmente invadia o espaço para fazer algo... sem falar “oi”, naturalmente. Ás vezes não dou bom dia, nem digo que seja azedume, é apenas questão de praticidade, tal como o primeiro gole da bebida sem brindar. Se eu brindar é na iminência de parecer normal, na intenção de que me amem mais um minuto.
Agora eu vivo situações vergonhosas em lugares escatológicos. Não posso, em virtude de tais situações contar nada a ninguém, em suma, dividir o que se passa. Não posso. Ando com vergonha de mim, dos outros e sobretudo das cenas sem qualquer constrangimento. Nem sempre fui assim, o máximo da minha vergonha anteriormente havia sido com o meu nome: Camilla. Dois “eles” bregas ... mais um “K” e eu me mataria antes de virar mulher. Agora engulo facas e que elas virem qualquer coisa dentro de mim antes que eu as atire para qualquer outra pessoa, mesmo aquelas que me amem mais de um minuto, mesmo aquelas que talvez me amem tanto que não se incomodem com a falta do meu bom dia, ou com o meu sumiço na hora do “Tim-tim”. Eu devo digerir facas.


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