29 de set. de 2008

Como um elefante que foge da manada

Hoje eu ouvi o meu atestado de óbito em vida. Imagine um elefante que foge da manada, quais as chances de ele morrer? São muito maiores, não? Ouvi que eu tenho uma “perspectiva” diferente do mundo. Já se foi o meu marfim, minha pele é cinza e eu chafurdo na lama.
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Inacreditável, o velho e a garota que deveria ter menos idade do que eu. Era sua “indiazinha” como ele estava chamando a garota de hennê no cabelo. Ela comia um petit gateau, vestia jeans da mesma marca que os meus, boa qualidade – pagos pelo velho. Qual o preço da felicidade de tirar uma negrinha da favela, e chamar de “indiazinha”? Acho muito caro a mistura de petit gateau e pau de viagra.
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Se tudo der certo pra gente Píccolo; tomo coragem e um dia ainda digo que te amo. Que nem gente normal.
E ainda canto “Feelings”no videokê.
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Eu posso ser medíocre Capiroto, eu posso ser, provo pra você.


6 comentários:

Coral disse...

Ao declarar seu amor e desnudar a própria mediocridade, expõe-se a implacável indiferença de seus pares.
Em Algum Lugar do Tempo.

Camilla Lopes disse...

E você quem é? Parte da minha alma?

ls,shklcav disse...

a implacável diferença dos meus pares quero que se fodam.

Unknown disse...

Ah, esse povo nao te esquece!
Já viu que pra eles vc faz TODA diferenca, né , mein Schatz?

Leonardo Martinelli disse...

Como nada deu certo, Piccolina, me contento com o post.O primmeiro em que vc fala de mim e pra mim...Vc cantando Feelings... É por isso que eu vou continuar tentando.

spersivo disse...

Camilla,
Desculpe a intimidade, mas, você é uma morta muito cheia de vida. Agora deve ser difícil mesmo ser uma morta sem ironia num cemitério tão repleto de mortos com mentes elevadas como no tempo atual. Adorei. Um abraço amazônico. Silvio Persivo